" Ingênuas são as crianças que pensam ter mais dinheiro quando ganham 30 moedas de 10 centavos, do que quando ganham uma cédula de 10 reais."
Ingênuas? não seriam, talvez, muito mais logicas? Coerentes?
30 e maior que 1. Além do mais, moedas são sólidas, difíceis de quebrar...Cédulas? Elas rasgam e podem até ser comidas por traças. E se você as esquece no bolso da calça num dia de chuva...
Ingênuas não. São sábias, são inocentes.
Atribuir um alto valor a um pedaço de papel colorido? Ele nem se quer brilha?! Por que ela há de querer uma cédula de 10 reais? E se a criança encher seu porquinho de cédulas, ela não ficaria "rica'?
Ah! não. O porquinho não vai pesar, tampouco fazer barulho... não tem sentido.
Verdade, não há sentido?!
Crianças dormem sozinhas nas ruas, com seus pedaços de papelão...
sentido...
Um pedaço de papel que passou por um processo de atribuição de valor_esse é e o que rege o mundo. É só o que o mundo vê.
"Também atribui um grande valor ao meu pedaço de papelão. Era só o que eu tinha. Sem barulho, sem traça, sem sentido.
Fiquei tentado a transcrever um trecho do livro da atriz norueguesa Liv Ullmann, trecho onde ela fala da mania dos adultos denominarem fantasia coisas como o bicho-papão, por exemplo. Tenho que achar o livro por aqui.
ResponderExcluirse interessar alguma coisa, tem um trecho diferente ao que lembrei: http://ronissonf.blogspot.com/2009/03/reflexoes.html
O trecho que eu havia comentado, é bem simples:
ResponderExcluir"Esqueço como são reais aquelas experiências de infancia que os adultos chamam de fantasias.
Para a criança, não se trata de fantasia: o medo de ser abandonada, o lobo mau, a escuridão do armário - tudo é real. O rótulo que colocamos é falso.
O que é real, chamamos de fantasia - isto é a fantasia."
Nesse aspecto as crianças me fascinam...elas tornam qualquer coisa em realidade. Ainda que só elas a vivam... Saudade disso.
ResponderExcluirDan, me passa o nome do livro, por favor.