quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma vez me disseram qua Amor não bastava.
Eu não acreditei. Essas duas palavras não poderiam estar na mesma frase...pelomenos não dessa forma.
Hoje, infelizmente percebi que aos 10 anos, ainda que sem querer acreditar, eu soube a existencia da realidade.

E o amor nao basta.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

preconceito ou fugir das aulas de biologia?

Muitos debates são feitos em relação à discriminação racial_ “O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras.” 
E sempre são montados argumentos defendendo igualdade racial ou direitos iguais_ “Uma das bases fundamentais dos direitos humanos é o princípio que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.”
Acontece que existem argumentos um pouco mais sólidos que provam não somente a falta de amor das pessoas, mas também a sua tolice e total ignorância.
Segundo o projeto genoma_projeto que visa identificar o código genético contido nas células humanas_ foi provado que a espécie humana surgiu na áfrica.
Sendo assim, os “brancos” são uma adaptação oriunda dos “negros”. Como isso acontece?
Existe um equilíbrio (obviedade da natureza), no qual pessoas que vivem em locais com maior incidência de raios ultravioletas, produzem mais melanina (proteína que confere pigmentação a pele), em compensação, se essas mesmas pessoas migrassem para um lugar de menor incidência solar, elas sofreriam de carência de vitamina D, que e sintetizada também por causa dos raios solares.

Dessa forma, quando começaram as migrações d áfrica para outros continentes, foram ocorrendo adaptações fenotípicas gerando a as diferente cores de pele.

O projeto genoma também provou que se forem analisados o DNA de 10 brancos, 10 negros e 10 ameríndios, não será possível saber qual e de quem, por que as mesmas diferenças genéticas existente entre brancos existem, também, entre brancos e negros.

Não existe fundamento para o preconceito racial, a começar pelo nome_ racial.  Não existem raças uma vez que o nosso DNA e o “mesmo”. Uma vez que todos viemos do mesmo continente, e que todos nos sofremos as mesmas adaptações.
E por acaso, as pessoas que discriminam os negros, são super amigas dos nordestinos (brancos) que trabalham de sol a sol roçando terras? Ou dos brancos que vivem em favelas? Acho que não.

Na verdade não existe nenhum argumento próximo de forte. Os negros são apenas usados como desculpa para o vazio no coração e na mente dessas pessoas, por questão de comodidade, por já ser um caso de séculos.
 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pensar num Rio em guerra é saber o desespero. Desespero daqueles que numa tentativa desmedida de se impor numa sociedade, que é essencialmente capitalista_cresce fundamentada na disparidade social_ se perderam, e choram como crianças no colo de mãe...Só que sem mãe. Entretanto, sabemos que não são crianças; nunca foram, apesar de tão intensas terem sido suas brincadeiras...Foram aviõezinhos, brincavam de esconde-esconde quando ouviam fogos nos morros, faziam entregas de pó de pilim-pim-pim para seus pais e irmãos. Essas ex-nuncacrianças são hoje os “nossos” delinqüentes, que agora brincam de “seu mestre mandou” e quem não obedece fica preso em bambolês pretos com fogo. Ohhh! Perdoem minha analogia fria e sem nexo, mas não consigo entender uma sociedade que cria crianças para isso que vemos hoje. E não se ausente da culpa, caro leitor, falo de todos nós. Ou não sabes das crianças ou do choro das mães (que choram apenas à noite, é claro. “Pobre não chora”, “pobre é forte, pobre torna tudo em samba”.). Ai! Que lindo idealizar nossos pobres, assim como fizeram os românticos com nossos índios guerreiros_guerreiros que nada. Escravos. Já reparou a conotação de “nossos” pobres? Quanta posse...Quase ponto turístico. Aliás, quase não, eu já ouvi falar em Safári turístico, você não? Pois de raiva eu agiria como um animal. Os estrangeiros não podem ficar sem show. Mais uma vez, perdoem-me pela quebra na coerência e até na coesão. Pela descontinuidade de tema, mas convenhamos, também não é continua a vida dos nossos pobres_longe disso... Sei bem que ramifiquei minha crítica, mas nossas favelas são assim. Oh! Por favor, não pensem que estou defendendo nossos delinqüentes...Certamente apoio os cidadãos dignos que deixam seus filhos brincarem de bandidos nos videogames, afinal é apenas distração. Não esqueçam queridos pais e educadores, de ensinar seus filhos a pularem as sete ondinhas no reveillon. Tenho certeza que o próximo ano será melhor.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ingênua malícia

" Ingênuas são as crianças que pensam ter mais  dinheiro quando ganham 30 moedas de 10 centavos, do que quando ganham uma cédula de 10 reais."

Ingênuas? não seriam, talvez, muito mais logicas? Coerentes?
30 e maior que 1. Além do mais, moedas são sólidas, difíceis de quebrar...Cédulas? Elas rasgam e podem até ser comidas por traças. E se você as esquece no bolso da calça num dia de chuva...
Ingênuas não. São sábias, são inocentes.
Atribuir um alto valor a um pedaço de papel colorido? Ele nem se quer brilha?! Por que ela há de querer uma cédula de 10 reais? E se a criança encher seu porquinho de cédulas, ela não ficaria "rica'?
Ah! não. O porquinho não vai pesar, tampouco fazer barulho... não tem sentido.
Verdade, não há sentido?!
Crianças dormem sozinhas nas ruas, com seus pedaços de papelão...
sentido...
Um pedaço de papel que passou por um processo de atribuição de valor_esse é e o que rege o mundo. É só o que o mundo vê.

"Também atribui um grande valor ao meu pedaço de papelão. Era só o que eu tinha. Sem barulho, sem traça, sem sentido.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ironia e sorrisos

       Algumas vezes crianças nos deixam em situações difíceis,constrangedoras e ate reflexivas.
Semana passada foi a minha vez de passar por essa situação,logo quando a casa que eu havia mandado construir foi concluída.
    
      Contratei um pedreiro_Zé Tijolo_ conhecido da minha família; ele já havia feito algumas obras para nos. Procurei algumas fotos em revistas, Internet...mostrei ao Seu Zé Tijolo e expliquei como eu queria minha casa, a qual sonhei tanto tempo. Ficaria num terreno espaçoso,bonito, bem localizado e de frente pro mar...ah! o mar.
       Deixei a obra nas mãos do pedreiro e sua equipe ,todos piãos, pedreiros, não sei ao certo, enfim... confiei neles e voltei pro centro do rio de Janeiro onde moro com minha família,afinal eu e meu marido temos um ritmo de trabalho um tanto quanto acelerado.
      Finalmente chegou o grande dia. Sai do meu trabalho mais cedo, busquei minha filha na creche e fomos nos duas para cabo frio ver nossa nova casa de praia. Carlos, meu marido,  não conseguiu dispensa...
Chegamos e então e foi aquela pausa dramática_a casa estava exatamente como eu imaginei e remoí por tantos dias. Um muro baixinho, todo trabalhado em pedra, portão de madeira escurecida, a casa toda de madeira com uma varandinha cheia de flores; no jardim havia coqueiros pequenos(para crescerem juntos com minha filha); uma chaminezinha,embora fizesse frio...foi uma questão de vaidade e idealização haha; dois andares, sendo o segundo com a  "parede" toda de vidro para dar vista para o mar...sensacional.

        Olhei para minha filha que estava com os olhinhos brilhando de entusiasmo e mal sabia eu que ela viria com um balde de agua fria:
_Mãe?! Esses tios devem ter varias casas...não, não, varias casa muito grandes, e muito lindas, com muitos andares(acho que ate o céu), e deve ter também um escorrega no lugar da escada...
Fiquei pensando no que ela dizia, tentando acompanhar o seu raciocínio, e quando consegui...preferi não te-lo feito.
_Por que meu bem? Não entendi...
_Olha só, mamãe. olha o "casão" que os tios fizeram. Eles sabem fazer direitinho. Você não sabe né mamãe?
ela perguntou puxando a barra da minha saia, sem tirar os olhos da casa.
Foi então que lembrei de um dia que eu fui ate a casa do seu Zé Tijolo acertar o dinheiro que lhe faltava...Uma casinha de cimento puro, meio remendada, umas telhas passando de teto...Devia ter o tamanho da minha cozinha,
eu disse para minha filha: _E meu amor...eles são muito bons...